História das drogas no Brasil



Oficialmente a Maconha foi trazida para o Brasil pelos primeiros escravos africanos, porém, há relatos de que as naus portuguesas do Século XVI é que realmente tinham essa droga introduzida. O primeiro registro histórico do uso dela em território brasileiro foi feito por um português em 1564.
A Morfina chegou a ser uma moda entre milionários e intelectuais que saíam do país para estudar na Europa e aproveitavam a oportunidade para entrar em contato com a droga, enquanto a Cocaína por ter um efeito euforizante, era preferida por artistas e frequentadores de festas da alta sociedade. Por sua vez, a Maconha ficava contida nos guetos pobres, entre os morros e as favelas.
O primeiro grande traficante deste país teve seus dias de glória na segunda metade da década de 1950. Era conhecido como  “Coronel Sabino”.
A partir do final da Segunda Guerra Mundial quando da mesma forma que os Estados Unidos da América, Japão e todas as demais nações que haviam se envolvido neste grande conflito, o Brasil assistiu à popularização e crescimento do consumo de Anfetaminas, as quais eram produzidas e vendidas legalmente pelos grandes laboratórios farmacêuticos.
O primeiro relato do uso de Crack no Brasil é do ano de 1989, na cidade de São Paulo.  Acredita-se que tenha entrado pelo estado do Acre, vinda de terras bolivianas ou pelo Peru.
Em sintonia com o modelo internacional de combate às drogas, capitaneado pelos Estados Unidos, o Brasil desenvolve ações de combate e punição para reprimir o tráfico.
Essa tendência, porém, vem desde os tempos de colônia. As Ordenações Filipinas, de 1603, já previam penas de confisco de bens  para os que portassem, usassem ou vendessem substâncias tóxicas. O país continuou nessa linha com a adesão à Conferência Internacional do Ópio, de 1912.
A visão de que as drogas seriam tanto um problema de saúde quanto de segurança pública, desenvolvida pelos tratados internacionais da primeira metade do século passado, foi paulatinamente traduzida para a legislação nacional. Até que, em 1940, o Código Penal nacional confirmou a opção do Brasil de não criminalizar o consumo.


Rafaela Bezerra

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